Autocuidado e a Autoestima para vítimas de violência doméstica

A violência doméstica é uma grave questão que afeta muitas pessoas, deixando sequelas profundas na saúde mental, física e emocional das vítimas. Neste artigo, exploramos a importância do autocuidado e da autoestima no contexto de enfrentamento da violência doméstica, enfatizando a necessidade crucial de segurança e tranquilidade para a recuperação.

Como a terapia auxilia mulheres que são vítimas de violência doméstica?

Além de canais de ajuda imediata, como a Central de Atendimento à Mulher, não podemos deixar de ressaltar a importância da terapia em casos de violência doméstica.

Quando a mulher já está realizando um acompanhamento psicológico há mais tempo e começa a vivenciar casos de violência, o(a) psicólogo(a) pode ajudá-la a enxergar a situação e a lidar com as inseguranças e medos a fim de agir em prol da sua segurança e bem-estar. Além disso, em casos em que a vítima desenvolve transtornos mentais, a terapia faz parte do tratamento, que, em alguns casos, também pode exigir consultas com um médico psiquiatra. 

A terapia deve ser contínua e conduzida com seriedade, afinal, violência doméstica não é brincadeira. Ao longo das sessões, a vítima se sente acolhida e consegue trabalhar melhor os seus sentimentos para que, aos poucos, volte a se sentir segura e equilibrada para viver com mais saúde e paz.

Autoestima e Recuperação

A violência doméstica frequentemente abala a autoestima das vítimas. Reconstruir a autoestima é um passo crucial para a recuperação, ajudando as vítimas a reconhecerem seu valor e tomarem decisões positivas para suas vidas:

• Reconhecimento Pessoal: Praticar a autoafirmação e valorizar suas qualidades e conquistas.

• Redes de Apoio: Fortalecer laços com amigos e familiares que ofereçam suporte emocional e prático.

• Estabelecimento de Metas: Definir metas realistas ajuda a restaurar a confiança e o controle sobre a própria vida.

Dados Alarmantes sobre Violência Doméstica

Em 2023, uma pesquisa revelou que 74% das brasileiras perceberam um aumento da violência doméstica e familiar. O estudo, divulgado pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), destacou que muitas vítimas enfrentam violência física, psicológica e/ou moral. Além disso, o levantamento mostrou que 30% das mulheres no país já foram vítimas de violência doméstica ou familiar provocada por homens, totalizando mais de 25,4 milhões de brasileiras afetadas ao longo da vida.

"A mobilização contra o feminicídio e outras formas de violência salva vidas. Perdemos mulheres demais e continuaremos perdendo. É através da denúncia incansável que podemos preservar a vida de tantas outras", destacou a jornalista Isabela Reis, autora do principal texto desta edição do relatório.

Diante dos alarmantes números e impactos da violência doméstica no Brasil, é crucial promover a segurança e o bem-estar das vítimas. A Unikx reafirma seu compromisso em apoiar aqueles que enfrentam essa realidade devastadora, incentivando a busca por autocuidado e o fortalecimento da autoestima como fundamentais para a recuperação.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando violência doméstica, lembre-se de que você não está sozinho(a). Busque ajuda, pois existem recursos e apoio disponíveis para auxiliar você nesse caminho de reconstrução e proteção. Vamos juntos trabalhar para criar um ambiente onde todas as pessoas possam viver com dignidade, segurança e tranquilidade.